Equipe Oncoguia – Data de cadastro: 26/09/2015 – Data de atualização: 18/10/2017
O tratamento dos tumores de pâncreas neuroendócrinos depende se eles podem (ou não) serem totalmente removidos. Mas outros fatores, como o estado de saúde geral também podem afetar as opções de tratamento.
Os tumores de pâncreas são mais susceptíveis de ressecção do que os cânceres de pâncreas exócrinos, o tipo mais comum de câncer de pâncreas. A maioria dos tumores de pâncreas neuroendócrinos que não se disseminaram é ressecável. Até mesmo alguns deles que se disseminaram podem ser ressecáveis se a disseminação for próxima, por exemplo, apenas uma pequena lesão no fígado.
Tratamento dos Tumores Ressecáveis
Se o tumor for ressecável, será removido cirurgicamente. O procedimento utilizado depende do tipo de tumor, tamanho e localização no pâncreas. A cirurgia pode variar de uma pequena enucleação a uma de Whipple. Os linfonodos devem ser removidos para verificar se existe disseminação da doença.
Antes de qualquer cirurgia, são frequentemente administrados medicamentos para controlar os sintomas provocados pelo tumor. Os medicamentos para bloquear o ácido estomacal, como os inibidores da bomba de prótons, são utilizados para gastrinomas. Muitas vezes, os pacientes com insulinomas são tratados com diazoxide para manter a glicose baixa no sangue. Se o tumor estiver visível na cintilografia receptora de somatostatina, pode ser administrado octreotide para controlar os sintomas.
Apenas a cirurgia é necessária para muitos tumores de pâncreas neuroendócrinos, mas após o procedimento o acompanhamento clínico é importante para verificar possíveis sinais da doença.
Tratamentos dos Tumores Irressecáveis
Estes tumores não podem ser completamente removidos cirurgicamente. Os tumores neuroendócrinos são, geralmente, de crescimento lento, por isso, exames de laboratório e de imagem são utilizados para monitorar o tumor e procurar por sinais de crescimento.
Os pacientes cujos tumores se disseminaram além do pâncreas apresentam com frequência sintomas, como diarreia ou problemas hormonais, que podem, geralmente, serem aliviados com octreotide, lanreotide, diazoxide e inibidores da bomba de prótons. Alguns desses também podem retardar o crescimento do tumor.
Se for necessária a continuação do tratamento, quimioterapia ou terapia alvo, como sunitinibe ou everolimus, podem ser realizadas. Mas, isso geralmente é postergado até que o paciente apresente sintomas que não possam ser controlados com outros medicamentos ou existem sinais de crescimento tumoral em exames de imagem. As metástases no fígado também podem ser tratadas com outras técnicas cirúrgicas ou ablativas.
Para pacientes com tumores mal diferenciados (carcinomas neuroendócrinos), a quimioterapia é tipicamente o primeiro tratamento.
Fonte: American Cancer Society (31/05/2016)